quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Alegria das sombras

Tristemente adocicado
É o meu virtuoso estado
De a todos fazer
Compreender o errado.

Troco o certo pelo acertado,
Mostro o laço
Para esconder o acorrentado…
Bailo na dança
Do coração estropiado,
Morrendo a cada passo
Por mais um sonho inalcançado.

Minha vida resumo a um
Patético conto inacabado
Inscrito no epitáfio
Do caixão sepultado:
Aqui jaz verme miserável
Cujo sonho nunca passou d’uma ilusão,
Preso à verdade incontornável
Que em seu corpo bateu morto um coração.

Mas eis que morto foi por todos relembrado.
São eles todos demónios enfeitiçados
Pelo fedor de corpo amortalhado
Que ainda respira,
Mas não passa já
De um pedaço de chão
Por todos pisado.


1 comentário:

:) disse...

Porque não mais poemas aqui?